Antes que o mundo acabe

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Realejo

Antes que o mundo acabe

Não, não sou esse tipo de fatalista, apesar de estarmos vivendo uma época bem dura. Antes que o mundo acabe é o subtítulo do livro que inspirou essa crônica. O título completo é “O que você precisa saber sobre Shakespeare antes que o mundo acabe”, da Ed. Nova Fronteira e muitos autores, uma das saborosas apresentações é do Antonio Fagundes, que é um dos muitos atores a encenar peças do Bardo. Essa crônica carrega dentro dela ambição e humildade, a ambição de ler Shakespeare e a humildade em revelar que ainda não o li.

Vi adaptações de suas peças para o cinema, em especial Henrique V e Muito barulho por nada, estes me vieram rápido à memória enquanto batuco as teclas aqui com você, leitor, leitora. A humildade é uma revelação e uma necessidade ao se saber a vastidão de temas, autores e suas obras a serem descobertas, um livreiro deve perceber isso rapidamente, espero. Quando li resenhas simpáticas sobre esse livro que é um convite a se mergulhar no universo de Shakespeare me deu uma ambição de ler a sua obra a partir desta.

Na minha memória busco mais referências e logo me veio a maior especialista em Shakespeare da nossa história, a Bárbara Heliodora, acho que foi num Roda-Viva da TV Cultura, ela o centro, no centro, sendo a entrevistada do programa e dentre várias revelações sobre o Bardo a que mais me impactou, a de que mesmo depois de mais de 400 anos da sua morte continuam até hoje saindo mais de 500 novas publicações sobre a sua vida e obra, vocês também ficaram impressionados? Bom, eu, como viram não esqueço dessa informação, outro grande teórico da literatura, o ensaísta Harold Bloom escreveu, Shakespeare- a invenção do humano, uma obra com mais de 1000 páginas que pretende colocar a obra do Bardo na prateleira mais nobre a que se pode almejar.

Termino esta crônica sobre a humildade prometendo a mim mesmo que vou descobrir o Brado como se deve, há um mundo ali dentro, vamos juntos?

Ah, e voltando ao título, apenas fechando o raciocínio, os organizadores explicam que a ideia é de que os mundos vão acabando mesmo, que cada geração vai renovando a outra, eles também não são fatalistas, apesar de…

Obrigado pela preferência, voltem sempre.